22.3.11


Num belo dia de trabalho, depois de ouvir pela milhonésima vez todas as versões de todas as músicas do Real Estate, senti pena do meu 'calega' de mesa e resolvi procurar um "similar" para suprir minhas necessidades musicais sem lesar os ouvidos (e a paciência) das pessoas ao meu redor.

E aí eu trombei com o Spectrals, que apesar do plural na verdade é apenas um cara. Um inglês chamado Louis Jones, que faz um surf-pop-garage completamente 60's, e mistura referências desde Phill Spector a Beach Boys. Na verdade o som dele é um pouco menos urbano que o do Real Estate - as músicas são tão ensolaradas e gostosas que dão vontade de voltar no tempo para o começo do verão.

O EP autointitulado, lançado em Outubro passado pela Moshi Moshi, é recheado de guitarras molengas e um baixo vigoroso. Em "I Ran With Love But Couldn't Keep Up" a levada não poderia remeter mais a um final de tarde na praia. Já "Chip a Tooth (Spoil a Smile) poderia ser trilha de uma das cenas animadas do Mad Men. Enquanto o LP "Bad Penny" prometido pra esse ano não chega, dá pra curtir esse calorzinho que tem feito com o "Extended Play" como trilha.

16.3.11



Flutuo entre a preguiça, o cansaço mental, a histeria e a vontade de abraçar o mundo. Nunca sei por onde começar, nem onde parar e aceitar que simplesmente não dá mais. De qualquer jeito, por mais que eu decida matar esse blog, nunca consigo. Quando estou próxima de fechá-lo decido voltar a postar, por mais trabalhoso que seja.

Talvez seja uma boa hora para mudar e encará-lo não só como um prazer, mas como uma responsabilidade. Assumir o compromisso. Mesmo estando um tanto atrasada, que comece 2011!

Muita coisa ultimamente tem me motivado a escrever - hoje especialmente foi o Mountain Man, que apesar do nome é composto por três moças adoráveis. Três vozes lindas que cantam quase sempre à capella, ou sobre algumas notas simples de violão.

Seguindo sua origem musical (duas delas foram membros de corais), elas cantam em tons diferentes e sobrepostos, o que preenche as músicas de maneira assombrosa. Os temas são - em geral - bastante simples também. Odeio a comparação reducionista, mas elas soam algo como um Fleet Foxes feminino, mas com instrumental reduzido, potencializando suas vozes.

Seu disco de estréia do ano passado "Made The Harbor" é uma coleção de belas e delicadas canções. "Buffalo" é curtinha e muito fofa, "Animal Tracks" é linda e foi gravada também pelo Alex Bleeker, numa versão com guitarras, "Soft Skin" é de uma delicadeza impagável e "River" mostra tudo que essas garotas são capazes apenas com suas vozes. Apesar de não trazer nada de novo, "Made the Harbor" é essencial e único.

Esse vídeo de uma apresentação com o Alex Bleeker mostra bem qual é a vibe delas. Para quem também entende inglês, vale a audição da entrevista das meninas para a rádio online NPR, aqui.


_ouvir
 

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