22.12.08

transe

Fim de ano é uma loucura - me sinto como se tivesse em transe, observando tudo acontecer. E tudo acontece, e nada acontece, mil presentes, inferno astral, natal, festas, saudades, lembranças, férias, preguiça e vontade de fazer tudo ao mesmo tempo. Pra completar essa bagunça esse ano eu resolvi tirar f'érias antecipadas. E esse foi o highlight absoluto dessa viagem.

9.7.08

indovindo

Essas temporadas de blog parado me deixam super triste - a interrupção é totalmente involuntária. É falta total de tempo. Só com um feriado no meio da semana para eu conseguir voltar. Mas vou me esforçar para conseguir mais tempo para o blog. Pretendo em breve mudar os layouts.

Feriados de inverno são ótimos! Dias lindos e frios - perfeitos para não se fazer absolutamente nada a não ser ler e ouvir música. Quase terapêutico. Deu até para montar minha primeira muxtape (que na verdade é a segunda, mas a primeira foi automaticamente apagada, sabe-se lá porque...) - uma seleção aleatória das canções que ouvi hoje à tarde. Enjoy.

Explico melhor e complemento o post daqui a pouco... fica aqui a listinha:

Muxtape - Superlotado

1. This is Ivy League - A Summer Chill
2. She & Him - I Should Have Known Better
3. Alice Dona - C'est Pas Prudent
4. Roberto Carlos - Do Outro Lado da Cidade
5. Sondre Lerche - Virtue & Wine
6. Domingo - A Good Thing
7. Timber Timbre - Oh Messiah
8. Jóvenes y Sexys - El Reloj
9. Vetiver - Houses
10. Rio En Medio - Let's Groove

26.4.08

ahn, a saudade...


Para quem é saudoso como eu é muito comum lembrar de momentos quando sente algum cheiro, ouve alguma música, ou coisa do tipo. Hoje o dia está incrivelmente igual aos dias de inverno dos tempos em que eu passava todas as férias na fazendo de uns tios meus. Incrível. E num momento shuffle começou a tocar uma nova do French Kicks e tudo simplesmente se encaixou. Seria uma trilha ideal para aqueles dias e me pareceu perfeito para o dia de hoje. Resolvi o escutar inteiro.

Ouvindo todo o disco novo com atenção percebi que apesar de não soar como novo, o álbum é bom. Muito bom, aliás. No final das contas, isso é o que sempre fez o French Kicks - discos não muito inovadores, mas bons. Competentes mesmo e que me agradam bastante.

Nesse último "Swimming", recentemente lançado e vendido no Itunes, o som não mudou, mas está um pouco mais bonito e ousado. Algumas músicas até lembram o Walkmen - principalmente nas guitarras e vocais, como na faixa de abertura "Abandon". Mas eles são menos barulhentos e os vocais são mais suaves, lembrando às vezes o Ambulance LTD.

A banda soa mais solta, arriscando até canções mais lentas, que saem do indie rock barulhento em direção a algo um quê praiano, já demonstrado no título do disco. "Said so What" e "Love in the Ruins" são as amostras mais óbvias do que estou tentando dizer. Só ouvindo para entender este belo disco que - já estou sentindo - será trilha das minhas tardes ensolaradas de outono.

French Kicks - Swimming
Myspace

24.4.08

aiai

Fico até triste de não conseguir manter o ritmo do blog - o trabalho tem me consumido e no restante do tempo eu tento dar conta de tudo. Mas vou me esforçar pra mantê-lo vivo.

Enquanto isso vou deixar aí um vídeo novo do espetacular Pitchfork.tv - Bill Callahan cantando minha favorita dele Diamond Dancer. De derreter corações!


21.3.08

shalalalala


Quando eu ouvi a trilha do "Death Proof" pela primeira vez fiquei apaixonada pela versão do Smith para "Baby, It's You", do Burt Bacharach, que eu conhecia na versão dos Beatles. Bem roqueira a lá 60's rock, voz feminina forte e uma viradinha inicial de guitarra que me mata toda vez que eu escuto essa música. E aí que eu comecei uma busca por outras versões da música e achei coisas bem interessantes e resolvi postar aqui uma compilação "caseira" - mas não coloquei tudo, senão cansa.

A primeira delas, do Dolly Mixture, trio britânico de garotas formado nos anos 80, que conheci nesse blog bem bacanudo. A versão delas é espetacularmente pop e doce - os vocais contribuem muito para essa fofice toda. Bem divertida e vale a descoberta dessa banda. Vale muito a pena procurar mais coisas das meninas.

Também coloquei algumas versões bem peculiares que encontrei em uma compilação feita em homenagem à Burt Bacharach. A faixa dos Hi-Fi Ramblers é beeem 60's, com guitarras marcadas e vocal choroso. Já o Petty Booka - duo japonês que toca ukulele e faz covers com cara de musica havaiana (?!?) - fez uma versão bizarra, mas incrivelmente gostosa. E a do Bradipous Four, que eu desconheço, é puro surf music, totalmente instrumental. Bem engraçado.

Além disso incluí a já famosa versão dos Beatles e a das Shirelles, banda doo-wop de garotas dos anos 60, que faziam bem o estilão Motown antes de a própria estourar. Bem legal e cheio de referências bacanas.

Baby, It's You - VA

19.3.08

voltando um pouco


Aproveitando essa onda de bandas indie pop que eu tenho postado aqui no blog vou colocar mais um disco pop que tenho escutado bastante.

Aaron Schroeder é um compositor/cantor norte-americado que faz um pop/folk bem gostosinho. Assim como as variadas influências - que vão de Bob Dylan a Belle & Sebastian - o som de Schroeder passeia por entre o indie pop e o folk, entre outras vertentes. O disco dele que vou postar aqui é o primeiro, "Southern Heart In Western Skin", lançado pela Letterbox em 2006, que acho mais interessante que o segundo, "Black & Gold", de 2007.

"Southern Heart..." é um disco gostoso. Mais um, eu sei, mas vale à pena. São 9 canções rapidinhas e fofas. Faixas como "The Real World" e "Santa Ana" mostram todo lado folk capirão de Aaron, com gaitas, slide, e a clássica batidinha de folk country americano. Mas isso acontece de um jeito bem bacana, com duplas de vocais fofos masculino e feminino. Em outras situações, Schroeder usa toda sua carga pop, como em "21", que lembra bastante o B&S, e "Dead Rabbits". Esse disco é a prova que misturar estilos é algo muito simples de se fazer, e que acontece quase que imperceptivelmente quando se tem talento.

Para quem ficar curioso, o myspace do moço tem algumas faixas do seu album mais recente.

"Southern Heart In Western Skin" - Aaron Schroeder

11.3.08

hypes


É um tanto difícil definir "hype" quando algum hype é a sensação do momento dentre tão poucos. Geralmente eu ignoro essas coisas ou pego birra e nem quero ouvir (estou falando de música, sim). Mas na semana passada uma capa de disco chamou minha atenção e ficou na cabeça. Quando isso acontece eu tenho que ouvir de qualquer jeito. E aí que o tal disco, que é EP, é muito incrivelmente bom. E nessas horas eu fico triste que o maldito hype indie talvez nunca seja levado a sério e passe rápido, como todo hype.

De qualquer maneira, eu acho que vale a pena colocar esse disco aqui porque é algo muito especial. O EP "Sun Giant" já foi apresentado como "best new music" do Pitchfork e postado por vários blogs/sites/afins. Os norte-americanos do Fleet Foxes fazem um som extremamente folk, levado sempre pelos vocais - que às vezes lembram um coral desses de colégio. É tudo muito bonito, muito sereno.

Os violões crescentes, a bateria poderosa, tudo lembra muito o America ("Ventura Highway", "Horse with no name", acho que deu pra localizar...). Aliás, é como se o America tivesse se juntado à turma do Devendra e colocado o Arcade Fire pra cantar. Não dá pra explicar muito - bom mesmo é ouvir.

"Sun Giant" - Fleet Foxes (link daqui)


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Mudando de assunto, as imagens do novo videoclipe da Björk foram divulgadas no site dela. O novo vídeo para a música "Wanderlust" será todo feito em 3D pelo duo Encyclopedia Pictura, que fez o ótimo vídeo para "Knife" do Grizzly Bear. Aguardo ansiosa.


manhãs chuvosas


Faz milênios que não acordo com o barulhinho de chuva e aquele friozinho que a acompanha. Uma pena - esse tempo seco e quente acaba com meu bom humor.

Ouvindo o EP "Silver Rain" da banda italiana Warm Morning consigo relaxar um pouco e me imaginar numa manhã fria de garoa. Que delícia. O disco, lançado no ano passado pela Shelflife, é na verdade uma combinação de um CD com 5 faixas e um vinil 7'' com mais duas - a faixa-título e "Slow Motion Picture". São 7 canções pop com grande influência folk, levadas por violões rápidos e vocais suaves, quase sussurrados, dos irmãos de Piacenza. No myspace deles dá para ouvir boa parte do disquinho, inclusive "Feather", a minha grande favorita. Uma delícia pop.

28.2.08

suddenly everything happens


Hoje resolvi postar um disco não tão novo de uma banda não tão nova. O California Snow Story foi fundado por David Skirving, ex-guitarrista e fundador do Camera Obscura. Após colaborações em "Biggest Bluest Hi-FI" ele fundou o California Snow Story e gravou o EP "One Good Summer", lançado pela Shelflife em 2002. O EP ainda guardava muito do Camera Obscura, com canções fofas e muito pop ("Summer Avenues" é linda!). One Good Summer era só o prenúncio de que mais indiepop viria de David.

Em 2006 a cantora Sandra Belda Martínez juntou-se à banda, que lançou no ano passado o ótimo álbum "Close to The Ocean", dessa vez pela Letterbox. O som desse disco ainda é bem parecido com o da antiga banda de Skirving, mas eu diria que é um pouco mais maduro. Talvez pelas melodias mais simples e vocais menos infantis e mais doces de Sandra.

Apesar de ser muuuuito indiepop o disco é mais tranquilo, as canções são mais suaves e delicadas. Não há tanta afetação indie. O que resta é um belo disco pop com canções bonitas e muito gostosas. É isso. É gostoso de ouvir. Perfeito para aqueles dias tensos no trabalho em que só se quer ir embora para algum lugar tranquilo - é dar play e se deliciar.

One Good Summer EP
Close To The Ocean

27.2.08

cukoos












Em Outubro do ano passado eu ganhei uma compilação bizarra que o João trouxe para mim de Londres - ele havia ido a um show e resolveu comprar o disco que estava sendo vendido por lá. Faz um tempo que eu queria postar ela aqui, mas tinha medo de subir por que o Max Tundra havia pedido ao mesmo João que retirasse um vídeo do tal show, que ele tinha subido pro youtube. Massss, recentemente eu achei a compilação em um blog e resolvi postar sem peso na consciência!

David Shrigley é um maluco ilustrador / músico / animador / fotógrafo / artista inglês. Ele lançou há algum tempo um livro de ilustrações bizarras e poemas (se é que podem ser chamados assim). O pequeno livro esgotou em pouquíssimo tempo e fez muito sucesso entre o povo da música pop inglesa, levando David a uma idéia interessante - convidaria bandas bacanas para musicar os poemas de seu livro.

Esses tais shows de Londres eram parte da Turnê de lançamento do novo projeto "David Shrigley's Worried Noodles" - combinação do livro no tamanho de uma caixa de CD e dois discos, contendo 39 faixas com versões dos poemas. Entre os artistas que colaboraram estão Hot Chip, Deerhoof, Islands, YATCH, Grizzly Bear, Scout Nibblet, Dirty Projectors, Psapp, Liars e o já citado Max Tundra.

Não preciso nem me esforçar muito pra mostrar o quanto amei essa compilação - vários artistas fodas fazendo músicas malucas e genais - foda! Como é inevitável em "pout-pourris", algumas faixas são bem nonsense e às vezes até um pouco trash, mas em geral a coletânea é muito, muito boa. Há várias surpresas boas, como a banda Cotton Candy, e curiosidades, como a canção "No" nas versões beeem diferentes de Franz Ferdinand e Hot Chip.

*No myspace do Shrigley há várias das faixas em streaming, alguns vídeos animados. Bem legal.

Disco 1
Disco 2

18.2.08

look at the flowers today


Em seu primeiro disco ("El Perro Del Mar", de 2006), a cantora Sarah Assbring se mostrava absolutamente melancólica e tímida. Canções como "This Loneliness" e "People" mostravam bem estes sentimentos. No novo "From The Valley To The Stars", que será lançado no fim de Fevereiro, esta melancolia parece ter dado lugar à esperança e até à alegria.

Sarah proclama esses sentimentos desde o título do disco até as faixas. Faixas como "Happiness Won Me Over", "Glory to the World" e "Do Not Despair" mostram claramente o amadurecimento musical e emocional da cantora - ouso até afirmar que o primeiro decorre do segundo.

"From the Valley..." é muito mais maduro que o primeiro, mais bonito, mais ousado e tem mais identidade. Mais instrumentos aparecem e são usados de formas diferentes - algumas faixas soam muito à Jens Lekman, o que é ótimo. As músicas nesse disco também são mais instrumentais, mostrando outro lado da El Perro como compositora. É uma bela evolução.

O primeiro single, "How Did We Forget" (uma das melhores do disco) já está no site do selo, Licking Fingers, junto com a linda "Hello Goodbye".

17.2.08

de volta às fofices...


Tenho escutado muitas bandas novas e discos recentes. Muuuitos. Desse monte pouco me impressionou como os norte-americanos do Headlights. Eu não conhecia a banda antes do recém-lançado "Some Racing, Some Stopping", mas eles já haviam lançado alguns EPs e o álbum de estréia "Kill Them With Kindness", de 2006, que pretendo adquirir em breve.

"Some Racing..." é um disco muito bonito, que apresenta uma banda com som pop bastante adulto. As canções são lindas e delicadas, levadas quase sempre pelos vocais suaves da Erin Fein, acordes de violão e back vocals bacanudos. Nada é alto demais ou pesado demais, mesmo nas faixas mais dançantes. É um álbum essencialmente indie pop.

Perfeito, sem exageros nem contenções, este disco me conquistou. Extremamente viciante!

16.2.08

and again..

Só hoje fui descobrir que o vídeo para "Ready For The Floor", o primeiro do disco novo do Hot Chip (postado aqui em baixo) já saiu!

A música é extremamente pop e ganhou um videoclipe bem maluco, onde o Alexis Taylor - o frontman e principal vocalista - encarna o "joker" e tortura o resto da banda, que está presa dentro de um grande cilindro colorido. Enquanto isso dançarinas coloridas se contorcem no ritmo da música e outras coisas coloridas acontecem... Como eu disso, maluco. Mas bem na linha do Hot Chip. Cool.



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Enquanto isso, o Pitchfork postou essa semana o vídeo da Diana Ross cantando "I Feel Love" (uma das minhas músicas favoritas) em comemoração ao "Valentine's Day". Genial! Enjoy.

7.2.08

hot


Há algum tempinho o novo álbum dos ingleses Hot Chip está circulando pelos blogs da internet. Mas o disco é tão bom que eu não resisti e resolvi postar algo sobre ele.

O Hot Chip é uma banda que me parece novíssima, mas que já possui três discos excelentes. Este último - "Made in The Dark" - é o mais completo e conciso deles. E o mais divertido também. As músicas estão mais interessantes e dançantes, e as batidas, mais intensas. Demorei tanto pra escrever esse post que não sei mais o que dizer sobre esse disco. Só sei que não consigo parar de escutá-lo.

O mesmo acontece com o DJ Kicks da banda. Lançada no ano passado, a compilação é bizarramente cool. Bizarre Love Triangle, Mess Around e Tom Zé fazem parte da mistureba bacanuda desse disco junto a outras pérolas 80's e batidas eletrônicas. A faixa -então inédita- "My Piano" é a cereja no topo do sundae. Delícia musical. Para quem não quer baixar, dá para ouvir parte do mix aqui (o site é beeem legal).

Myspace do Hotchip.
Made in the Dark - link daqui.
DJ Kicks - Parte1
DJ Kicks - Parte2


27.1.08

superlotada

O feriado ocupa todos meus segundos. Arrumo alguns deles para postar o vídeo da nova canção dos californianos Little Ones, "Ordinary Song". Pop bacana de primeira acompanhado de um clipe bem bonitinho.

Essa música faz parte do single recém-lançado de mesmo nome que acompanha mais alguns remixes. O primeiro álbum deles será lançado ainda esse ano, em Abril, pela Astralwerks. Aguardarei ansiosamente.


Ordinary Song

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19.1.08

momento retro

Desde que a descobri em uma coletânea de jazz do meu pai, Nina Simone tornou-se minha cantora favorita de todos os tempos.

Hoje, enquanto fuxicava a internet, encontrei um post ótimo sobre ela em um blog. Muito bem escrito e com vários discos pra pegar, o post ainda tinha um vídeo lindo que me fez arrepiar toda. Então coloco aqui o vídeo e o link para o post. Viva a Nina!


16.1.08

obs

Agora as coisas estão mais calmas e o tempo é maior.
Agora poderei postar mais. E mais. E mais.
Agora vai.

I wish I were a yellow butterfly


Os dias quentes de verão paralizam todos os músculos e fazem qualquer esforço -incluindo a busca por um copo gelado de água- parecerem uma maratona. Calor...

Os canadenses do Laura Peek and the Winning Hearts muito provavelmente nunca desfrutaram de dias assim. Por isso mesmo seu disco de estréia, "From The Photographs" (Just Friends Records, 2007), soa como uma brisa fresca de verão.

A melhor surpresa que o som deles oferece é o indie pop limpo, sem exageros e fofices extremas. Eu adoro indie pop, adoro El perro del mar, adoro Page France, mas vozes ultra-fofas e infantis, palmas e violãozinho uma hora cansam. E é ótimo encontrar um grupo indiepop que faz um som maduro, que usa voz delicada mas afinada e colocada nas horas certas, e que tem o piano como um instrumento de verdade, atuante em todas as canções, substituindo muito bem o violão.

O Laura Peek and the Winning Hearts soa como uma mistura de Belle And Sebastian com Fiona Apple, se é que isso é possível. Mas qualidade e coerência não faltam em suas músicas. E isso se mostra claramente nesse primeiro album, principalmente em faixas como "A Name", "Stand Right There" e "Oh Lenny". Quem tiver preguiça de baixar, pode ouvir no myspace da banda, ou aqui.

Como eu disse, uma brisa de verão.
 

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